quinta-feira, 9 de junho de 2011

História

Eu fiquei ali chorando, porque eu não sabia uma direção. Eu não tinha outra vez um caminho. Estava perdida. E você continuava ao meu lado esticando a mão e apalpando o chão me procurando. Até que o amanhecer caiu por cima de nós, e eu, que ainda continuava perdida, não consegui fazer mais nada. Não havendo outra escolha, porque você nunca foi de esperar o tempo passar, desistimos. Havia ainda espaço demais entre nós. Era mais um vez em que ficávamos longes, e aí, nós fizemos as malas, trocamos de cidade, procuramos pelos cantos algo do nosso amor que podia ter restado. Mas só havia espaço demais. Havia mais medo de estar sozinho do que medo do amor. E assim, de repente, muito mais que de repente, o que havia restado era muito mais. Mais abraços e mais sorrisos sinceros. Eram declarações de amor jogadas ao vento, expostas ao sol. E eramos outra vez um casal. Um do lado do outro. Sem mais pensar. Voce. Tentando outra vez apalpou o chão de novo procurando a minha mão.
Eu não desejei que o tempo parasse, eu não desejei que tivesse um futuro, mas eu te desejei pelos séculos dos séculos do meu lado. Pra sempre. Eu te abraçei pra não soltar nunca, mas o despertador do outro lado da minha cama me ensurdecia me lembrando da hora de acordar. Eram 5:30 da manhã. Era um sonho que não deixava de ser realidade, qualquer uma que fosse. Assim, eu nunca vou esquecer que a nossa história é sempre continua, ainda que com vírgulas, é feita de sonhos. Porque a nossa história é pra sempre nossa.

Bruna Ferrari

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